Neste Dia Mundial Humanitário, homenageamos aqueles que arriscam as suas vidas para ajudar os outros. Exigimos a sua proteção, enquanto salvam vidas! 

Trabalhadores humanitários são pessoas comuns, movidas pelo desejo de ajudar os outros e preparadas, com formação e experiência, para agir em situações de emergência. No entanto, estes voluntários e profissionais não estão isentos do medo. Embora tenham sido treinados para lidar com situações difíceis e protegerem-se o melhor possível, esse treino por si só não pode garantir a sua segurança. Eles necessitam do total respeito, acesso seguro e o apoio que merecem enquanto trabalham para salvar vidas. A campanha #Proteger a Humanidade, exige que todos os trabalhadores humanitários sejam totalmente protegidos no desempenho das suas funções.

Como líderes da maior rede humanitária do mundo, reconhecemos que atingimos um ponto crítico. O número crescente de ataques contra trabalhadores humanitários exige uma resposta imediata e firme. Desde o início deste ano, 28 dos nossos voluntários e funcionários do movimento Cruz Vermelha e Crescente Vermelho perderam a vida no desempenho das suas funções humanitárias. Num período tão curto, este é um dos níveis mais elevados de violência global contra as equipas humanitárias alguma vez resgistado. 

Os recentes conflitos em Israel e Gaza ilustram a gravidade da situação. Desde os ataques de 7 de outubro (2023) e a escalada da violência, perdemos seis membros de Israel e 21 membros da Sociedade Palestina do Crescente Vermelho. Estes profissionais perderam a vida enquanto transportavam emblemas protegidos internacionalmente, arriscando tudo para salvar os outros. No Sudão, onde o conflito já dura há mais de um ano, a destruição continua a devastar comunidades, deslocando milhões de pessoas. Neste cenário de caos, sete voluntários e funcionários do Crescente Vermelho Sudanês também perderam as suas vidas.

A nossa mensagem é clara: a violência contra os trabalhadores humanitários tem de parar.

A Cruz Vermelha Portuguesa junta-se a este apelo internacional, que une a rede da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (FICV), para destacar a necessidade urgente de proteger os voluntários e funcionários que arriscam as suas vidas diariamente para ajudar os outros. Devemos também ser solidários com as famílias e colegas daqueles que perderam as suas vidas em cumprimento do dever.

Proteger estes trabalhadores não é apenas uma questão de justiça, mas de humanidade. Cada vida perdida em serviço é uma tragédia. À medida que o mundo continua a enfrentar crises, devemos garantir que aqueles que estão na linha da frente, a ajudar os mais vulneráveis, estejam protegidos e em segurança.

Hoje, reafirmamos o nosso compromisso de desfender esta causa e precisamos que o mundo faça o mesmo. É hora de agir e garantir que aqueles que ajudam os outros possam fazê-lo em segurança.

Juntos #ProtegemosaHumanidade